Contato

terça-feira, 10 de julho de 2012

Cientista britânica imagina forma de vida alienígena alternativa

Uma cientista britânica divulgou desenhos de como imagina seres alienígenas que poderiam ter se desenvolvido em um mundo com as características de Titã, uma das lua de Saturno. As criaturas imaginadas por Maggie Alderin-Pocock lembram águas-vivas e poderiam, segundo ela, flutuar sobre nuvens de gás metano, recolhendo nutrientes químicos por fendas que servem de bocas. Bolsas com formas de cebolas se moveriam para cima e para baixo para ajudar na movimentação, e feixes de luz seriam usados para a comunicação. Assim como os seres humanos não sobreviveriam sob as condições da atmosfera de Titã, as águas-vivas alienígenas seriam corroídas na atmosfera de oxigênio terrestre. Os alienígenas foram imaginados por Alderin-Polock como parte da promoção de um novo programa apresentado por ela no canal de documentários Eden, transmitido por cabo e satélite na Grã-Bretanha. Imaginação limitada "Nossas imaginações são naturalmente limitadas pelo que vemos no nosso entorno, e o senso comum é de que a vida precisa de água e é baseada em carbono. Mas alguns pesquisadores estão desenvolvendo trabalhos muito instigantes, jogando com ideias como formas de vida baseada em silício", observa Alderin-Pocock. Ela observa que o silício está logo abaixo do carbono na tabela periódica e que os dois elementos têm muitas semelhanças químicas. Além disso, o elemento seria amplamente disponível no universo. "Talvez podemos imaginar instruções semelhantes para a formação do DNA, mas com silício em vez de carbono. Ou então a vida alienígena poderia não seguir nada parecido com o DNA", diz. Ela diz que as últimas descobertas sobre planetas orbitando em volta de outras estrelas na Via Láctea a levam a acreditar que até quatro civilizações extraterrestres desenvolvidas poderiam existir nesses locais. Mas ela adverte que a longa distância entre elas e a Terra significa que é remota a capacidade dos humanos de encontrá-los ou mesmo de comprovar sua existência. "A sonda Voyager 1, que leva gravações de saudações da Terra em diferentes línguas, vem viajando pelo Sistema Solar desde os anos 1970 e somente agora chegou ao espaço profundo", observa. "Para chegar à estrela mais próxima do sistema Solar, Proxima Centauri, poderia levar 76 mil anos", diz.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Descoberta de partícula complica escolha de vencedores do Nobel

A possível descoberta do bóson de Higgs, ou "partícula de Deus", é uma ótima notícia para os físicos, mas uma terrível dor de cabeça para o comitê do Nobel. Com a comprovação da existência dessa partícula, alguém vai levar o prêmio, mas quem merece crédito pelo trabalho é difícil de determinar. Qual é a origem da expressão 'partícula de Deus'? Do elétron ao bóson de Higgs: veja a evolução da Física de Partículas Preços da Ciência: veja quanto custa o acelerador de hádrons Veja 33 dúvidas sobre astronomia Segundo o jornal britânico The Guardian, tradicionalmente, o prêmio Nobel de ciência é dado para, no máximo, três pessoas que contribuíram para os estudos. As regras são antigas, do tempo em que a ciência era feita por indivíduos sozinhos ou grupos pequenos. Para chegar aos resultados sobre o bóson de Higgs, duas equipes trabalharam no Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), o que totaliza milhares de pessoas. E todos merecem o crédito pelo estudo. É provável que o prêmio vá para os físicos que trabalharam na teoria da partícula há 50 anos, e é aí que tudo se complica. No total, três grupos de cientistas publicaram, de forma independente, artigos sobre a teoria em 1964, com um intervalo de poucos meses entre cada um. O primeiro artigo saiu em agosto daquele ano, assinado por Robert Brout e François Englert, da Universidade Livre de Bruxelas. Brout morreu em 2011, o que o exclui da premiação, pois o Nobel não faz homenagens póstumas. O segundo artigo publicado foi de Peter Higgs, em setembro e outubro de 1964, que emprestou seu nome à partícula e foi o primeiro a citar explicitamente a possibilidade de existência de uma nova partícula, que explicaria como a massa da matéria seria formada. O terceiro trabalho, publicado em novembro de 1964, inclui dois cientistas americanos, Dick Hagen e Gerry Guralnik, e um britânico, Tom Kribble. Destes, cinco físicos estão vivos e podem ser considerados no prêmio se a descoberta do bóson seja confirmada. Um dos físicos que certamente será honorado é Peter Higgs, juntamente com Englert, que foi o primeiro a publicar um artigo sobre o assunto e não poderá ser dispensado. O que o comitê precisa decidir é quem será o terceiro homenageado, já que o prêmio não pode ser destinado a mais de três pessoas.

terça-feira, 29 de maio de 2012

China lança satélite para estudar recursos e evitar desastres

A China lançou nesta terça-feira seu satélite de detecção remota "Yaogan XV", desde seu Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan, na província de Shanxi, ao norte da China, para realizar experimentos científicos, informou a agência oficial de notícias Xinhua. O satélite foi lançado às 15h31 locais (4h31 de Brasília) a bordo do transportador Gran Marcha 4B e alguns de seus objetivos são estudar os recursos da Terra, analisar o rendimento dos cultivos e reduzir os desastres naturais e preveni-los, segundo a agência. Com o "Yaogan XV" também foi posto em órbita o satélite "Tiantuo I" para a recepção de dados do Sistema de Identificação Automática de navios, a captação de imagens ópticas e a coleta de informação sobre experimentos de exploração espacial.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Nasa estima 4,7 mil asteroides potencialmente perigosos para Terra

Nasa calcula que há 4,7 mil asteroides potencialmente perigosos para a Terra, segundo os dados da sonda WISE, que analisa o cosmos com luz infravermelha, informou nesta quarta-feira a agência espacial americana. A agência assinalou que as observações da WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) permitiram a melhor avaliação da população dos asteroides potencialmente perigosos de nosso sistema solar. Esses asteroides têm órbitas próximas à Terra e são suficientemente grandes para resistir à passagem pela atmosfera terrestre e causar danos se caírem no nosso planeta. Os novos resultados foram recolhidos pelo projeto NEOWISE, que estudou, utilizando luz infravermelha, uma porção de 107 asteroides potencialmente perigosos próximos à Terra com a sonda WISE para fazer prognósticos sobre toda a população em seu conjunto. Segundo a Nasa, há aproximadamente 4.700 deles - com uma margem de erro de mais ou menos 1.500 -, que têm diâmetros maiores de 100 metros. Até o momento, calcula-se que entre 20% e 30% desses objetos foram localizados. "Fizemos um bom começo na busca dos objetos que realmente representam um risco de impacto com a Terra", disse Lindley Johnson, responsável pelo Programa de Observação de Objetos Próximos à Terra, desenvolvido pela Nasa. No entanto, "temos de encontrar muitos e será necessário um grande esforço durante as próximas duas décadas para encontrar todos os que podem causar graves danos ou ser destino das missões espaciais no futuro".

terça-feira, 8 de maio de 2012

Bactérias magnéticas podem ajudar a construir PCs do futuro

Algumas bactérias que produzem ímãs após ingerir ferro estão sendo usadas como inspiração para criar peças internas de computadores do futuro, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira no Reino Unido. Um grupo de cientistas da Universidade de Leeds, na Inglaterra, e da Universidade de Agricultura e Tecnologia, no Japão, reproduziram o processo dos microorganismos, que, por suas características evolutivas, possuem em seu interior pequenos ímãs parecidos com os de discos duros dos computadores. "Estamos chegando aos limites da fabricação eletrônica tradicional à medida que as peças dos computadores devem ser cada vez menores", declarou à BBC Sarah Staniland, especialista da Universidade de Leeds. "As máquinas que utilizamos para construí-los não alcançam escalas tão pequenas. Mas a natureza nos ajudou com a ferramenta perfeita para enfrentar este problema", acrescentou. Os cientistas, cujo trabalho foi publicado na revista Small, se concentram em resolver a questão das bactérias Magnetospirillum magneticum, que vive em ambientes aquáticos como lagos ou balsas, onde o oxigênio é escasso. Estes seres nadam seguindo as linhas dos campos magnéticos da Terra, alinhando-se como se fossem uma bússola, na busca de concentrações de oxigênio. Ao ingerirem ferro, o elemento entra em contato com certas proteínas em seu corpo e a interação produz pequenos cristais de magnetita, o mais magnético do planeta. Após estudar como estes micróbios recolhem, moldam e posicionam os nanoimãs dentro de si, os cientistas copiaram o método e aplicaram fora das bactérias, como forma de aumentar os ímãs. Os especialistas acham que esta técnica poderia ser utilizada para construir discos duros dos computadores do futuro, com um tamanho cada vez mais reduzido. Além de reproduzir estes pequenos ímãs, os especialistas conseguiram também criar pequenos cabos elétricos com a ajuda de organismos vivos, a partir da membrana de células artificiais criadas no laboratório.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

'Atacada' pelo Sol, nave pode ajudar missão tripulada a Marte

Marte é um dos grandes - senão o grande - alvo da pesquisa espacial. Após o plano do presidente americano Barack Obama de mandar astronautas ao planeta vermelho, cada vez mais pesquisas e estudos se juntam aos já existentes para tentar descobrir se é possível chegar ao nosso vizinho. Contudo, nós já visitamos o solo marciano há décadas, mas não presencialmente. E a próxima sonda já está a caminho - faltam apenas 100 dias para o fim da viagem. Astronomia de A a Z: saiba o que é uma supernova e mais Sonda vai explodir e triturar em busca de vida em Marte A Curiosity segue na nave Mars Science Laboratory, lançada em 26 de novembro de 2011 em um foguete Atlas V, da Nasa - a agência espacial americana. Curiosamente, no meio do trajeto o equipamento sofreu uma experiência que pode ajudar no projeto de levar o homem a Marte. A espaçonave foi alvejada diretamente por uma tempestade solar X-2 (na escala "Richter" do Sol, as tempestades X são as mais poderosas). Foi uma fuzilada de elétrons e prótons de altíssima energia que viajaram próximos à velocidade da luz - na Terra, essas partículas formam as auroras boreais e austrais. Ao atingir os escudos externos da nave, espatifaram moléculas e átomos em seu caminho, o que produziu uma segunda onda de energia. E é essa radiação cósmica uma das maiores preocupações em uma viagem interplanetária. Astronautas podem acabar torrados pelos prótons do Sol ou por raios de uma supernova ou de um buraco negro. A boa notícia para a exploração espacial é que a sonda resistiu a toda esse bombardeio do Sol. A segunda boa notícia é que é a primeira que tem um equipamento para medir a radiação recebida (chamado de RAD). Contudo, não conseguimos saber com precisão como essa radiação atuou dentro da nave. "Mesmo supercomputadores têm problemas em calcular o que exatamente ocorre quando raios cósmicos de alta energia e partículas energéticas solares atingem os escudos de uma espaçonave. Uma partícula atinge outra; fragmentos voam; os fragmentos atingem uns aos outros e batem em outras moléculas", diz um artigo da própria Nasa. Mas sabemos que serão muitos os dados recebidos e analisados pelo RAD durante a viagem. Afinal, o Sol está em uma temporada de poderosas tempestades que deve durar ainda alguns anos. Além disso, diversas partículas de outras fontes varrem o Sistema Solar com frequência e devem - ou até já atingiram a Curiosity. E tudo isso vira know how para os cientistas. Aliás, a Nasa afirma que espera que o equipamento seja atingido. E ainda faltam 100 dias para isso. Curiosity A sonda é não apenas a mais moderna, mas também a mais bem equipada a já chegar a Marte. São 10 instrumentos científicos que deixam o robô 10 vezes mais pesado e com o dobro do comprimento que as sondas Spirit e Opportunity, lançadas em 2003. Ao contrário das irmãs mais velhas, a Curiosity é capaz de colher (após pulverizar, triturar e/ou "explodir" com um laser) amostras de solo e rocha e analisá-las em um "laboratório" interno - ou com suas muitas câmeras e espectrômetros (equipamento que analisa o espectro eletromagnético). Segundo o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), da Nasa, o robô é capaz de passar por obstáculos de até 65 cm de altura e percorrer até 200 m por dia no terreno marciano. Um gerador radioativo, alimentado por plutônio-238, vai produzir energia suficiente para um ano marciano (687 dias da Terra), tempo previsto para a missão. O local onde a sonda vai pousar não foi escolhido ao acaso. A cratera Gale seria um dos locais potencias para a existência de vida em Marte. Contudo, a sonda não foi projetada para determinar se existe - ou existiu - vida no planeta, já que não carrega instrumentos para registrar processos biológicos nem registrar imagens microscópicas. A ideia é preparar o terreno para futuras missões com esses objetivos e até para uma possível missão tripulada.

Três astronautas retornam da ISS nesta sexta-feira

Os astronautas russos Anton Chklaperov e Anatoli Ivanichin e o americano Dan Burbank retornarão nesta sexta-feira à Terra depois de uma missão de seis meses na Estação Espacial Internacional (ISS), informou o Centro Russo de Controle de Voos Espaciais (TSOUP). A cápsula Soyuz TMA-22 desacoplou da ISS e tem previsão de pouso no Cazaquistão às 11H45 GMT (8H45 de Brasília). Os três serão substituídos por uma nova tripulação que partirá em 15 de maio do cosmódromo russo de Baikonur para unir-se ao russo Oleg Kononenko, ao americano Don Pettit e ao holandês André Kuipers, atuais ocupantes da ISS