terça-feira, 10 de julho de 2012
Cientista britânica imagina forma de vida alienígena alternativa
Uma cientista britânica divulgou desenhos de como imagina seres alienígenas que poderiam ter se desenvolvido em um mundo com as características de Titã, uma das lua de Saturno.
As criaturas imaginadas por Maggie Alderin-Pocock lembram águas-vivas e poderiam, segundo ela, flutuar sobre nuvens de gás metano, recolhendo nutrientes químicos por fendas que servem de bocas.
Bolsas com formas de cebolas se moveriam para cima e para baixo para ajudar na movimentação, e feixes de luz seriam usados para a comunicação.
Assim como os seres humanos não sobreviveriam sob as condições da atmosfera de Titã, as águas-vivas alienígenas seriam corroídas na atmosfera de oxigênio terrestre.
Os alienígenas foram imaginados por Alderin-Polock como parte da promoção de um novo programa apresentado por ela no canal de documentários Eden, transmitido por cabo e satélite na Grã-Bretanha.
Imaginação limitada
"Nossas imaginações são naturalmente limitadas pelo que vemos no nosso entorno, e o senso comum é de que a vida precisa de água e é baseada em carbono. Mas alguns pesquisadores estão desenvolvendo trabalhos muito instigantes, jogando com ideias como formas de vida baseada em silício", observa Alderin-Pocock.
Ela observa que o silício está logo abaixo do carbono na tabela periódica e que os dois elementos têm muitas semelhanças químicas. Além disso, o elemento seria amplamente disponível no universo.
"Talvez podemos imaginar instruções semelhantes para a formação do DNA, mas com silício em vez de carbono. Ou então a vida alienígena poderia não seguir nada parecido com o DNA", diz.
Ela diz que as últimas descobertas sobre planetas orbitando em volta de outras estrelas na Via Láctea a levam a acreditar que até quatro civilizações extraterrestres desenvolvidas poderiam existir nesses locais.
Mas ela adverte que a longa distância entre elas e a Terra significa que é remota a capacidade dos humanos de encontrá-los ou mesmo de comprovar sua existência.
"A sonda Voyager 1, que leva gravações de saudações da Terra em diferentes línguas, vem viajando pelo Sistema Solar desde os anos 1970 e somente agora chegou ao espaço profundo", observa. "Para chegar à estrela mais próxima do sistema Solar, Proxima Centauri, poderia levar 76 mil anos", diz.
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Descoberta de partícula complica escolha de vencedores do Nobel
A possível descoberta do bóson de Higgs, ou "partícula de Deus", é uma ótima notícia para os físicos, mas uma terrível dor de cabeça para o comitê do Nobel. Com a comprovação da existência dessa partícula, alguém vai levar o prêmio, mas quem merece crédito pelo trabalho é difícil de determinar.
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Segundo o jornal britânico The Guardian, tradicionalmente, o prêmio Nobel de ciência é dado para, no máximo, três pessoas que contribuíram para os estudos. As regras são antigas, do tempo em que a ciência era feita por indivíduos sozinhos ou grupos pequenos.
Para chegar aos resultados sobre o bóson de Higgs, duas equipes trabalharam no Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), o que totaliza milhares de pessoas. E todos merecem o crédito pelo estudo. É provável que o prêmio vá para os físicos que trabalharam na teoria da partícula há 50 anos, e é aí que tudo se complica.
No total, três grupos de cientistas publicaram, de forma independente, artigos sobre a teoria em 1964, com um intervalo de poucos meses entre cada um. O primeiro artigo saiu em agosto daquele ano, assinado por Robert Brout e François Englert, da Universidade Livre de Bruxelas. Brout morreu em 2011, o que o exclui da premiação, pois o Nobel não faz homenagens póstumas.
O segundo artigo publicado foi de Peter Higgs, em setembro e outubro de 1964, que emprestou seu nome à partícula e foi o primeiro a citar explicitamente a possibilidade de existência de uma nova partícula, que explicaria como a massa da matéria seria formada. O terceiro trabalho, publicado em novembro de 1964, inclui dois cientistas americanos, Dick Hagen e Gerry Guralnik, e um britânico, Tom Kribble.
Destes, cinco físicos estão vivos e podem ser considerados no prêmio se a descoberta do bóson seja confirmada. Um dos físicos que certamente será honorado é Peter Higgs, juntamente com Englert, que foi o primeiro a publicar um artigo sobre o assunto e não poderá ser dispensado. O que o comitê precisa decidir é quem será o terceiro homenageado, já que o prêmio não pode ser destinado a mais de três pessoas.
terça-feira, 29 de maio de 2012
China lança satélite para estudar recursos e evitar desastres
A China lançou nesta terça-feira seu satélite de detecção remota "Yaogan XV", desde seu Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan, na província de Shanxi, ao norte da China, para realizar experimentos científicos, informou a agência oficial de notícias Xinhua.
O satélite foi lançado às 15h31 locais (4h31 de Brasília) a bordo do transportador Gran Marcha 4B e alguns de seus objetivos são estudar os recursos da Terra, analisar o rendimento dos cultivos e reduzir os desastres naturais e preveni-los, segundo a agência.
Com o "Yaogan XV" também foi posto em órbita o satélite "Tiantuo I" para a recepção de dados do Sistema de Identificação Automática de navios, a captação de imagens ópticas e a coleta de informação sobre experimentos de exploração espacial.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Nasa estima 4,7 mil asteroides potencialmente perigosos para Terra
Nasa calcula que há 4,7 mil asteroides potencialmente perigosos para a Terra, segundo os dados da sonda WISE, que analisa o cosmos com luz infravermelha, informou nesta quarta-feira a agência espacial americana. A agência assinalou que as observações da WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) permitiram a melhor avaliação da população dos asteroides potencialmente perigosos de nosso sistema solar.
Esses asteroides têm órbitas próximas à Terra e são suficientemente grandes para resistir à passagem pela atmosfera terrestre e causar danos se caírem no nosso planeta. Os novos resultados foram recolhidos pelo projeto NEOWISE, que estudou, utilizando luz infravermelha, uma porção de 107 asteroides potencialmente perigosos próximos à Terra com a sonda WISE para fazer prognósticos sobre toda a população em seu conjunto.
Segundo a Nasa, há aproximadamente 4.700 deles - com uma margem de erro de mais ou menos 1.500 -, que têm diâmetros maiores de 100 metros. Até o momento, calcula-se que entre 20% e 30% desses objetos foram localizados.
"Fizemos um bom começo na busca dos objetos que realmente representam um risco de impacto com a Terra", disse Lindley Johnson, responsável pelo Programa de Observação de Objetos Próximos à Terra, desenvolvido pela Nasa.
No entanto, "temos de encontrar muitos e será necessário um grande esforço durante as próximas duas décadas para encontrar todos os que podem causar graves danos ou ser destino das missões espaciais no futuro".
terça-feira, 8 de maio de 2012
Bactérias magnéticas podem ajudar a construir PCs do futuro
Algumas bactérias que produzem ímãs após ingerir ferro estão sendo usadas como inspiração para criar peças internas de computadores do futuro, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira no Reino Unido.
Um grupo de cientistas da Universidade de Leeds, na Inglaterra, e da Universidade de Agricultura e Tecnologia, no Japão, reproduziram o processo dos microorganismos, que, por suas características evolutivas, possuem em seu interior pequenos ímãs parecidos com os de discos duros dos computadores.
"Estamos chegando aos limites da fabricação eletrônica tradicional à medida que as peças dos computadores devem ser cada vez menores", declarou à BBC Sarah Staniland, especialista da Universidade de Leeds.
"As máquinas que utilizamos para construí-los não alcançam escalas tão pequenas. Mas a natureza nos ajudou com a ferramenta perfeita para enfrentar este problema", acrescentou.
Os cientistas, cujo trabalho foi publicado na revista Small, se concentram em resolver a questão das bactérias Magnetospirillum magneticum, que vive em ambientes aquáticos como lagos ou balsas, onde o oxigênio é escasso.
Estes seres nadam seguindo as linhas dos campos magnéticos da Terra, alinhando-se como se fossem uma bússola, na busca de concentrações de oxigênio. Ao ingerirem ferro, o elemento entra em contato com certas proteínas em seu corpo e a interação produz pequenos cristais de magnetita, o mais magnético do planeta.
Após estudar como estes micróbios recolhem, moldam e posicionam os nanoimãs dentro de si, os cientistas copiaram o método e aplicaram fora das bactérias, como forma de aumentar os ímãs.
Os especialistas acham que esta técnica poderia ser utilizada para construir discos duros dos computadores do futuro, com um tamanho cada vez mais reduzido.
Além de reproduzir estes pequenos ímãs, os especialistas conseguiram também criar pequenos cabos elétricos com a ajuda de organismos vivos, a partir da membrana de células artificiais criadas no laboratório.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
'Atacada' pelo Sol, nave pode ajudar missão tripulada a Marte
Marte é um dos grandes - senão o grande - alvo da pesquisa espacial. Após o plano do presidente americano Barack Obama de mandar astronautas ao planeta vermelho, cada vez mais pesquisas e estudos se juntam aos já existentes para tentar descobrir se é possível chegar ao nosso vizinho. Contudo, nós já visitamos o solo marciano há décadas, mas não presencialmente. E a próxima sonda já está a caminho - faltam apenas 100 dias para o fim da viagem.
Astronomia de A a Z: saiba o que é uma supernova e mais
Sonda vai explodir e triturar em busca de vida em Marte
A Curiosity segue na nave Mars Science Laboratory, lançada em 26 de novembro de 2011 em um foguete Atlas V, da Nasa - a agência espacial americana. Curiosamente, no meio do trajeto o equipamento sofreu uma experiência que pode ajudar no projeto de levar o homem a Marte.
A espaçonave foi alvejada diretamente por uma tempestade solar X-2 (na escala "Richter" do Sol, as tempestades X são as mais poderosas). Foi uma fuzilada de elétrons e prótons de altíssima energia que viajaram próximos à velocidade da luz - na Terra, essas partículas formam as auroras boreais e austrais. Ao atingir os escudos externos da nave, espatifaram moléculas e átomos em seu caminho, o que produziu uma segunda onda de energia.
E é essa radiação cósmica uma das maiores preocupações em uma viagem interplanetária. Astronautas podem acabar torrados pelos prótons do Sol ou por raios de uma supernova ou de um buraco negro. A boa notícia para a exploração espacial é que a sonda resistiu a toda esse bombardeio do Sol. A segunda boa notícia é que é a primeira que tem um equipamento para medir a radiação recebida (chamado de RAD). Contudo, não conseguimos saber com precisão como essa radiação atuou dentro da nave.
"Mesmo supercomputadores têm problemas em calcular o que exatamente ocorre quando raios cósmicos de alta energia e partículas energéticas solares atingem os escudos de uma espaçonave. Uma partícula atinge outra; fragmentos voam; os fragmentos atingem uns aos outros e batem em outras moléculas", diz um artigo da própria Nasa.
Mas sabemos que serão muitos os dados recebidos e analisados pelo RAD durante a viagem. Afinal, o Sol está em uma temporada de poderosas tempestades que deve durar ainda alguns anos. Além disso, diversas partículas de outras fontes varrem o Sistema Solar com frequência e devem - ou até já atingiram a Curiosity. E tudo isso vira know how para os cientistas. Aliás, a Nasa afirma que espera que o equipamento seja atingido. E ainda faltam 100 dias para isso.
Curiosity
A sonda é não apenas a mais moderna, mas também a mais bem equipada a já chegar a Marte. São 10 instrumentos científicos que deixam o robô 10 vezes mais pesado e com o dobro do comprimento que as sondas Spirit e Opportunity, lançadas em 2003.
Ao contrário das irmãs mais velhas, a Curiosity é capaz de colher (após pulverizar, triturar e/ou "explodir" com um laser) amostras de solo e rocha e analisá-las em um "laboratório" interno - ou com suas muitas câmeras e espectrômetros (equipamento que analisa o espectro eletromagnético).
Segundo o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), da Nasa, o robô é capaz de passar por obstáculos de até 65 cm de altura e percorrer até 200 m por dia no terreno marciano. Um gerador radioativo, alimentado por plutônio-238, vai produzir energia suficiente para um ano marciano (687 dias da Terra), tempo previsto para a missão.
O local onde a sonda vai pousar não foi escolhido ao acaso. A cratera Gale seria um dos locais potencias para a existência de vida em Marte. Contudo, a sonda não foi projetada para determinar se existe - ou existiu - vida no planeta, já que não carrega instrumentos para registrar processos biológicos nem registrar imagens microscópicas. A ideia é preparar o terreno para futuras missões com esses objetivos e até para uma possível missão tripulada.
Três astronautas retornam da ISS nesta sexta-feira
Os astronautas russos Anton Chklaperov e Anatoli Ivanichin e o americano Dan Burbank retornarão nesta sexta-feira à Terra depois de uma missão de seis meses na Estação Espacial Internacional (ISS), informou o Centro Russo de Controle de Voos Espaciais (TSOUP).
A cápsula Soyuz TMA-22 desacoplou da ISS e tem previsão de pouso no Cazaquistão às 11H45 GMT (8H45 de Brasília).
Os três serão substituídos por uma nova tripulação que partirá em 15 de maio do cosmódromo russo de Baikonur para unir-se ao russo Oleg Kononenko, ao americano Don Pettit e ao holandês André Kuipers, atuais ocupantes da ISS
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Cientistas japoneses fazem nascer pelo humano em camundongo

Liderados por Takashi Tsuji, da Universidade de Ciência de Tóquio, pesquisadores conseguiram fazer pelos humanos nascessem nas costas de um camundongo Foto: AFP
A revista científica Nature Communications publicou na terça-feira uma pesquisa que gera novas esperanças de cura para a calvície. Liderados por Takashi Tsuji, da Universidade de Ciência de Tóquio, pesquisadores conseguiram fazer com que pelos humanos nascessem nas costas de um camundongo. As informações são da AFP.
De acordo com os cientistas, o estudo representa um avanço importante nas terapias com células-tronco. A criação de um folículo em laboratório a partir de células-tronco já tinha sido feita antes. No entanto, o transplante com sucesso em camundongos é inédito.
Rússia lança nave com 2,5 t de carga para a Estação Espacial

A Rússia lançou nesta sexta-feira a nave automática Progress, com mais de 2,5 t de carga, para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), onde será acoplada no domingo. O lançamento do cargueiro, o Progress M-15M, ocorreu às 9h50 (de Brasília) a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão, informou a agência espacial russa, Roscomos.
A nave leva água, alimentos e componentes de combustível utilizados para manter a altitude da órbita da plataforma. Além de peças de reposição e várias equipamentos científicos, declarou um porta-voz da Roscosmos citado pela agência Interfax.
Após dois dias de voo, a Progress M-15M será acoplado à ISS no domingo, com manobra prevista para as 11h40 (de Brasília). A ISS atualmente abriga a expedição número 30 e integram os americanos Daniel Burbank e Donald Pettit, o holandês Andre Kuipers e os russos Oleg Kononenko, Anton Shkaplerov e Anatoli Ivanishin.
Além do lançamento desta sexta, o segundo da Progress neste ano, a Roscosmos planeja enviar outros três cargueiros até o fim de 2012.
terça-feira, 27 de março de 2012
Aquecimento está perto de ser irreversível, dizem cientistas
O aquecimento global está próximo de se tornar irreversível, o que torna esta década crítica nos esforços para preveni-lo, disseram cientistas nesta segunda-feira. As estimativas científicas diferem, mas é provável que a temperatura mundial suba até 6ºC até 2100, caso as emissões de gases do efeito estufa continuem aumentando de forma descontrolada. Mas, antes disso, haveria um ponto em que os estragos decorrentes do aquecimento - como o degelo das camadas polares e a perda das florestas - se tornariam irrecuperáveis.
"Essa é uma década crítica. Se não revertermos as curvas nesta década, vamos ultrapassar esses limites", disse Will Steffen, diretor-executivo do instituto para a mudança climática da Universidade Nacional Australiana, falando em uma conferência em Londres.
Apesar dessa urgência, um novo tratado climático obrigando grandes poluidores como EUA e China a reduzirem suas emissões só deve ser definido até 2015, para entrar em vigor em 2020. "Estamos no limiar de algumas grandes mudanças", disse Steffen. "Podemos (...) limitar o aumento das temperaturas a 2ºC, ou cruzar o limite além do qual o sistema passa para um estado bem mais quente."
No caso das camadas de gelo, cruciais para desacelerar o aquecimento, esse limiar provavelmente já foi ultrapassado, segundo Steffen. A capa de gelo da Antártida ocidental já encolheu na última década, e a região da Groenlândia perde 200 km³ de cobertura por ano desde a década de 1990.
A maioria dos especialistas prevê também que a Amazônia se tornará mais seca em decorrência do aquecimento. Uma estiagem que tem matado muitas árvores motiva temores de que a floresta também poderia estar perto de um ponto irreversível, a partir do qual deixará de absorver emissões de carbono e passará a contribuir com elas.
Cerca de 1,6 bilhão de t de carbono foram perdidas em 2005 na floresta tropical, e 2,2 bilhões de t em 2010, o que reverte cerca de dez anos de atividade como "ralo" de carbono, disse Steffen. Um dos limites mais preocupantes e desconhecidos é do "permafrost" (solo congelado) siberiano, que armazena carbono no chão, longe da atmosfera.
"Há cerca de 1,6 trihão de toneladas de carbono por lá - cerca do dobro do que existe hoje na atmosfera -, e as latitudes setentrionais elevadas estão experimentando a mudança de temperatura mais severa em qualquer parte do planeta", disse ele.
No pior cenário, 30 a 63 bilhões de t toneladas de carbono por ano seriam liberadas até 2040, chegando a 232 a 380 bilhões de t por ano até 2100. Isso é um volume bem mais expressivo do que os cerca de 10 bilhões de t de CO2 liberadas por ano pela queima de combustíveis fósseis.
"Essa é uma década crítica. Se não revertermos as curvas nesta década, vamos ultrapassar esses limites", disse Will Steffen, diretor-executivo do instituto para a mudança climática da Universidade Nacional Australiana, falando em uma conferência em Londres.
Apesar dessa urgência, um novo tratado climático obrigando grandes poluidores como EUA e China a reduzirem suas emissões só deve ser definido até 2015, para entrar em vigor em 2020. "Estamos no limiar de algumas grandes mudanças", disse Steffen. "Podemos (...) limitar o aumento das temperaturas a 2ºC, ou cruzar o limite além do qual o sistema passa para um estado bem mais quente."
No caso das camadas de gelo, cruciais para desacelerar o aquecimento, esse limiar provavelmente já foi ultrapassado, segundo Steffen. A capa de gelo da Antártida ocidental já encolheu na última década, e a região da Groenlândia perde 200 km³ de cobertura por ano desde a década de 1990.
A maioria dos especialistas prevê também que a Amazônia se tornará mais seca em decorrência do aquecimento. Uma estiagem que tem matado muitas árvores motiva temores de que a floresta também poderia estar perto de um ponto irreversível, a partir do qual deixará de absorver emissões de carbono e passará a contribuir com elas.
Cerca de 1,6 bilhão de t de carbono foram perdidas em 2005 na floresta tropical, e 2,2 bilhões de t em 2010, o que reverte cerca de dez anos de atividade como "ralo" de carbono, disse Steffen. Um dos limites mais preocupantes e desconhecidos é do "permafrost" (solo congelado) siberiano, que armazena carbono no chão, longe da atmosfera.
"Há cerca de 1,6 trihão de toneladas de carbono por lá - cerca do dobro do que existe hoje na atmosfera -, e as latitudes setentrionais elevadas estão experimentando a mudança de temperatura mais severa em qualquer parte do planeta", disse ele.
No pior cenário, 30 a 63 bilhões de t toneladas de carbono por ano seriam liberadas até 2040, chegando a 232 a 380 bilhões de t por ano até 2100. Isso é um volume bem mais expressivo do que os cerca de 10 bilhões de t de CO2 liberadas por ano pela queima de combustíveis fósseis.
terça-feira, 20 de março de 2012
Arqueólogos localizam cerca de 3 mil estátuas raras de Buda
Arqueólogos da China anunciaram nesta terça-feira a localização de cerca de 3 mil estátuas de Buda. As imagens estavam enterradas na província de Hebei, no Norte do país. Para especialistas, essa é a maior descoberta arqueológica registada na região nas últimas décadas.
O chefe da equipe de arqueólogos da Fundação Popular da China, He Liqun, disse que as 2.895 estátuas e fragmentos foram localizados em janeiro deste ano. O material arqueológico estava em Yecheng, uma antiga localidade com 2,5 mil anos de história.
As autoridades da China informaram também que foram localizados materiais de artilharia, utilizados por tropas japonesas na 2ª Guerra Mundial, na região de Heilongjiang, no Nordeste do país.
Em 18 de setembro de 1931, as forças japonesas atacaram o quartel das tropas chinesas em Shenyang, no Nordeste da China. A ocupação japonesa na região durou quatro anos. Com a derrota do Japão em 1945, segundo especialistas chineses, grande quantidade de produtos químicos, armas e bombas foi enterrada.
O chefe da equipe de arqueólogos da Fundação Popular da China, He Liqun, disse que as 2.895 estátuas e fragmentos foram localizados em janeiro deste ano. O material arqueológico estava em Yecheng, uma antiga localidade com 2,5 mil anos de história.
As autoridades da China informaram também que foram localizados materiais de artilharia, utilizados por tropas japonesas na 2ª Guerra Mundial, na região de Heilongjiang, no Nordeste do país.
Em 18 de setembro de 1931, as forças japonesas atacaram o quartel das tropas chinesas em Shenyang, no Nordeste da China. A ocupação japonesa na região durou quatro anos. Com a derrota do Japão em 1945, segundo especialistas chineses, grande quantidade de produtos químicos, armas e bombas foi enterrada.
terça-feira, 13 de março de 2012

13 de março de 2012 • 11h48
Aurora austral foi registrada pelo astronauta holandês Andre Kuipers da ISS
Foto: Andre Kuipers / ESA / Nasa/Reuters
No último sábado, dia 10, enquanto a Terra era bombardeada por radiação durante uma das maiores tempestades solares dos últimos anos, o astronauta holandês Andre Kuipers, a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), registrou uma aurora austral ocorrendo sobre a região entre a Antártida e a Austrália.
O fenômeno óptico, que ocorre quando partículas emanadas pelo sol e poeira espacial se chocam com a atmosfera de um planeta (pode ocorrer também em outros, como Marte e Júpiter, por exemplo), cria um brilho que, na Terra, é possível de ser observado em regiões próximas aos polos.
A tempestade solar que atingiu a Terra nas últimas semanas e que pode ter contribuído para a aurora austral foi considerada por especialistas norte-americanos como o evento geomagnético mais importante desde 2004.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Grande acelerador é reativado à procura da origem da matéria
As operações do acelerador de partículas LHC, do Centro Europeu de Física de Partículas (CERN), voltou a ser acionado após mais de dois meses de parada técnica e, a partir de agora, mais de 5 mil cientistas dão início a etapa decisiva na busca do Bóson de Higgs, a partícula que explicaria a origem da matéria. "Os aceleradores estão sendo reativados, mas os primeiros feixes de prótons não serão injetados no LHC (Grande Acelerador de Hádrons) até meados de março, e as colisões continuarão até o fim deste mês", confirmou nesta sexta-feira à Agência Efe o porta-voz do CERN, James Gillies.
Você Sabia? Veja a evolução da Física de Partículas
A injeção de prótons será feita em um primeiro acelerador menor e mais antigo. Lá as partículas irão adquirindo energia e acelerando-se para passar ao segundo acelerador maior antes de chegar com toda potência (mais de 99,9% da velocidade da luz) ao LHC, explicou um dos responsáveis do centro de controle do grande acelerador, Mirko Pojer. Uma vez que os prótons cheguem ao LHC, a metade deles fará sua trajetória em uma direção e os demais no sentido oposto para começar a colidir no fim de março.
Para que isso ocorra, terão de ter chegado ao ponto ideal de esfriamento dos ímãs supracondutores do LHC, cuja temperatura deverá descer aos 271º C negativos - a temperatura mais baixa conhecida no Universo. Desta forma, a experiência poderá ser retomada corretamente.
No total serão injetados 2,8 mil pacotes de partículas no LHC, com conteúdo de 115 bilhões de prótons cada, que circularão a uma energia de 4 TeV (teraeletronvolts), 0,5 TeV mais do que estava previsto. "A energia da colisão dos prótons equivale ao choque de um grande avião na velocidade de aterrissagem, ou seja, cerca de 150 km/h", comparou Pojer. No entanto, dado ao reduzido tamanho dos prótons, a probabilidade de choque é reduzida, o que explica a necessidade de injetar no acelerador tamanhas quantidades de partículas.
Os milhares de físicos que trabalham no CERN esperam que das colisões entre prótons à energia tão elevada surjam novas partículas cuja existência está apenas na teoria. É o caso do Bóson de Higgs, sobre a qual repousam as bases do modelo padrão da física e que é, por enquanto, a única explicação disponível sobre uma questão tão fundamental como a origem da matéria.
Os responsáveis pelo CERN garantiram que neste ano terão resultados conclusivos sobre a existência ou não de Higgs, da qual os cientistas deste organismo acreditam ter visto sinais durante as medições e análises de dados realizados durante 2011. O LHC, um anel de 27 km de circunferência localizado entre 50 m e 150 m abaixo da terra, conta com quatro detectores. Desses, dois - conhecidos como ATLAS E CMS - estão dedicados a buscar de maneira paralela, mas independente, novas partículas, incluída a de Higgs.
Nos próximos meses nenhuma nova descoberta será anunciada até que uma dessas experiências não alcance um grau de comprovação quase absoluta, disse à Agência Efe o físico Steven Goldfarb, coordenador de divulgação e educação do detector ATLAS. Quando uma experiência tiver êxito, o outro detector servirá para contrastar o resultado e corroborar os dados obtidos.
Goldfarb lembrou que entre 1999 e 2000, em uma experiência conhecida como "Aleph", os cientistas pensaram ter encontrado a partícula de Higgs, mas, outros três experimentos que eram desenvolvidos paralelamente descartaram a descoberta. "Isto é como tirar dados. Pode ocorrer que o mesmo número saia seis vezes seguidas e seria emocionante, mas existe uma probabilidade estatística que isto ocorra, e ali mora a armadilha", comentou.
A mesma opinião tem a cientista espanhola Silva Goy, quem trabalha no detector CMS e assinalou que o observado até agora pode ser "oscilação estatística", e que o desafio é chegar a um nível de probabilidade que permita eliminar esse risco.
Com o valor de energia que será utilizada neste ano, o volume de dados obtidos chegará aos 15 femtobarn inverso (Fv-1), considerada suficiente para alcançar um resultado final. Espera-se que até a próxima grande conferência de física, no início de julho na Austrália, já tenham sido reunidos tanto dados quanto em todo o ano de 2011 e se possam apresentar resultados significativos para a comunidade científica.
Você Sabia? Veja a evolução da Física de Partículas
A injeção de prótons será feita em um primeiro acelerador menor e mais antigo. Lá as partículas irão adquirindo energia e acelerando-se para passar ao segundo acelerador maior antes de chegar com toda potência (mais de 99,9% da velocidade da luz) ao LHC, explicou um dos responsáveis do centro de controle do grande acelerador, Mirko Pojer. Uma vez que os prótons cheguem ao LHC, a metade deles fará sua trajetória em uma direção e os demais no sentido oposto para começar a colidir no fim de março.
Para que isso ocorra, terão de ter chegado ao ponto ideal de esfriamento dos ímãs supracondutores do LHC, cuja temperatura deverá descer aos 271º C negativos - a temperatura mais baixa conhecida no Universo. Desta forma, a experiência poderá ser retomada corretamente.
No total serão injetados 2,8 mil pacotes de partículas no LHC, com conteúdo de 115 bilhões de prótons cada, que circularão a uma energia de 4 TeV (teraeletronvolts), 0,5 TeV mais do que estava previsto. "A energia da colisão dos prótons equivale ao choque de um grande avião na velocidade de aterrissagem, ou seja, cerca de 150 km/h", comparou Pojer. No entanto, dado ao reduzido tamanho dos prótons, a probabilidade de choque é reduzida, o que explica a necessidade de injetar no acelerador tamanhas quantidades de partículas.
Os milhares de físicos que trabalham no CERN esperam que das colisões entre prótons à energia tão elevada surjam novas partículas cuja existência está apenas na teoria. É o caso do Bóson de Higgs, sobre a qual repousam as bases do modelo padrão da física e que é, por enquanto, a única explicação disponível sobre uma questão tão fundamental como a origem da matéria.
Os responsáveis pelo CERN garantiram que neste ano terão resultados conclusivos sobre a existência ou não de Higgs, da qual os cientistas deste organismo acreditam ter visto sinais durante as medições e análises de dados realizados durante 2011. O LHC, um anel de 27 km de circunferência localizado entre 50 m e 150 m abaixo da terra, conta com quatro detectores. Desses, dois - conhecidos como ATLAS E CMS - estão dedicados a buscar de maneira paralela, mas independente, novas partículas, incluída a de Higgs.
Nos próximos meses nenhuma nova descoberta será anunciada até que uma dessas experiências não alcance um grau de comprovação quase absoluta, disse à Agência Efe o físico Steven Goldfarb, coordenador de divulgação e educação do detector ATLAS. Quando uma experiência tiver êxito, o outro detector servirá para contrastar o resultado e corroborar os dados obtidos.
Goldfarb lembrou que entre 1999 e 2000, em uma experiência conhecida como "Aleph", os cientistas pensaram ter encontrado a partícula de Higgs, mas, outros três experimentos que eram desenvolvidos paralelamente descartaram a descoberta. "Isto é como tirar dados. Pode ocorrer que o mesmo número saia seis vezes seguidas e seria emocionante, mas existe uma probabilidade estatística que isto ocorra, e ali mora a armadilha", comentou.
A mesma opinião tem a cientista espanhola Silva Goy, quem trabalha no detector CMS e assinalou que o observado até agora pode ser "oscilação estatística", e que o desafio é chegar a um nível de probabilidade que permita eliminar esse risco.
Com o valor de energia que será utilizada neste ano, o volume de dados obtidos chegará aos 15 femtobarn inverso (Fv-1), considerada suficiente para alcançar um resultado final. Espera-se que até a próxima grande conferência de física, no início de julho na Austrália, já tenham sido reunidos tanto dados quanto em todo o ano de 2011 e se possam apresentar resultados significativos para a comunidade científica.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Minha Opinião
Eu sempre gostei de foguetes,mas nunca pensei que tivesse um Centro Espacial em Kurú, na Guiana Francesa,ja que tem um meus parabens Guiana Francesa por esta evoluindo cientificamente!
Novo pequeno foguete europeu Vega é lançado pela primeira vez

O novo pequeno foguete europeu Vega foi lançado nesta segunda-feira, às 8h (horário de Brasília) do Centro Espacial de Kurú, na Guiana Francesa, em um voo inaugural que colocou em órbita nove satélites científicos ao término de apenas 81 min, informou um correspondente da AFP. Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), que transmitiu este lançamento inaugural em seu site, o voo VV01 ocorreu normalmente e cada uma das etapas de combustível sólido se separou sucessivamente, como o previsto.
Confira a evolução dos foguetes espaciais
"A trajetória é normal, e a pilotagem é tranquila", repetiam os especialistas ao comprovar que a nave respeitava as previsões dos cientistas. Levando em conta o caráter arriscado da missão de "qualificação", a comemoração do lançamento - traduzida em aplausos, abraços e polegares levantados - não chegou à sala até que a nave terminou de lançar sua carga útil. "Já não há nenhum satélite europeu que não possa ser posto em órbita por um serviço de lançamento europeu", assinalou então o diretor-geral da ESA, Jean-Jacques Dordain.
"É um grande dia para a ESA, para seus Estados-membros, para a indústria Europeia, para Arianespace e, em particular, para a Itália - onde nasceu o Vega", acrescentou.
Este lançador tem 30 m de altura, 137 t de peso e US$ 942 milhões de investimentos. De acordo com a Agência Efe, os cientistas, que insistiam em dizer que este voo inaugural tinha um caráter experimental, temiam que o Vega repetisse o desastre do dia 5 de junho de 1996, quando o Ariane 5 explodiu um minuto após abandonar a plataforma de lançamento.
Viabilizado pela Agência Espacial Italiana e com apoio da França, Bélgica, Espanha, Holanda, Suécia e Suíça, a principal missão do Vega era comprovar se o mesmo se mostrava seguro, confiável e eficaz. Com o sucesso de sua primeira missão, o lançador passará a ser uma opção viável para mais de 30 satélites que se ajustam a suas capacidades e que anualmente são postos em órbita com um preço de US$ 42 milhões por decolagem. O Vega completa assim a série de lançadores europeus, que também inclui o Ariane 5, para cargas pesadas, e aos russos Soyuz, usados para cargas intermédias.
Erosão do solo eleva ameaça do aquecimento global, alerta ONU
O aquecimento global ficará pior à medida que a agricultura acelerar a taxa de erosão do solo, reduzindo a quantidade de carbono que o solo é capaz de armazenar, informou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) nesta segunda-feira.
O solo contém quantidades enormes de carbono na forma de matéria orgânica, que fornece os nutrientes para o crescimento das plantas e melhora a fertilidade da terra e o movimento da água. A faixa mais superficial do solo sozinha armazena cerca de 2,2 trilhões de t de carbono - três vezes mais que o nível atualmente contido na atmosfera, informou o Livro do Ano 2012 do Pnuma.
"O carbono do solo é facilmente perdido, mas difícil de ser reposto", diz o relatório. "Os estoques de carbono no solo são altamente vulneráveis às atividades humanas. Eles diminuem de forma significativa (e em geral rapidamente) em resposta às mudanças na cobertura do solo e no uso da terra, tais como desmatamento, desenvolvimento urbano e o aumento das culturas, e como resultado de práticas agrícolas e florestais insustentáveis.
Tais atividades podem decompor a matéria orgânica. Quando isso ocorre, parte do carbono é convertido em dióxido de carbono - gás do efeito estufa que é um dos principais responsáveis pelo aquecimento global - e ele é perdido do solo.
Cerca de 24% das terras do planeta já sofreram declínio na saúde e na produtividade ao longo dos últimos 25 anos em razão do uso insustentável do solo, disse o Pnuma. Desde o século 19, aproximadamente 60% do carbono armazenado nos solos e na vegetação foi perdido como resultado das mudanças no uso da terra, tais como limpar a terra para a agricultura e para as cidades.
À medida que a demanda global por alimentos, água e energia aumente drasticamente, como se prevê, o solo ficará sob uma pressão cada vez maior.
O solo contém quantidades enormes de carbono na forma de matéria orgânica, que fornece os nutrientes para o crescimento das plantas e melhora a fertilidade da terra e o movimento da água. A faixa mais superficial do solo sozinha armazena cerca de 2,2 trilhões de t de carbono - três vezes mais que o nível atualmente contido na atmosfera, informou o Livro do Ano 2012 do Pnuma.
"O carbono do solo é facilmente perdido, mas difícil de ser reposto", diz o relatório. "Os estoques de carbono no solo são altamente vulneráveis às atividades humanas. Eles diminuem de forma significativa (e em geral rapidamente) em resposta às mudanças na cobertura do solo e no uso da terra, tais como desmatamento, desenvolvimento urbano e o aumento das culturas, e como resultado de práticas agrícolas e florestais insustentáveis.
Tais atividades podem decompor a matéria orgânica. Quando isso ocorre, parte do carbono é convertido em dióxido de carbono - gás do efeito estufa que é um dos principais responsáveis pelo aquecimento global - e ele é perdido do solo.
Cerca de 24% das terras do planeta já sofreram declínio na saúde e na produtividade ao longo dos últimos 25 anos em razão do uso insustentável do solo, disse o Pnuma. Desde o século 19, aproximadamente 60% do carbono armazenado nos solos e na vegetação foi perdido como resultado das mudanças no uso da terra, tais como limpar a terra para a agricultura e para as cidades.
À medida que a demanda global por alimentos, água e energia aumente drasticamente, como se prevê, o solo ficará sob uma pressão cada vez maior.
Minha Opinião
Eu sempre acreditei que alguem ia fazer um manismo que possa enteder alguma doença.
Agora foi criado essse mecanismo que pode entender o alzheimer.
Parabens cientistas Argentinos
Agora foi criado essse mecanismo que pode entender o alzheimer.
Parabens cientistas Argentinos
Argentinos descobrem mecanismo que ajuda a entender Alzheimer
Cientistas argentinos descobriram um mecanismo que fornece novos dados sobre o funcionamento da comunicação entre neurônios, o que pode ajudar a compreender doenças como o mal de Alzheimer, afirmaram nesta segunda-feira à agência EFE os responsáveis pelo estudo.
Trata-se de um mecanismo fundamental para a formação, fortalecimento e funcionamento das sinapses, ou seja, os pontos de comunicação entre os neurônios, explicou a Agência de Ciência e Técnica do Instituto Leloir, onde a pesquisa foi desenvolvida.
A equipe identificou neste processo de comunicação pacotes de ARN mensageiro (responsável pela transferência de informação do DNA) temporariamente inativos, denominados "focos de silenciamento de mensageiros", explicou Graciela Boccaccio, chefe do Laboratório de Biologia Celular do Instituto Leloir.
Com a formação desses pacotes, o ARN mensageiro não pode cumprir sua função, que permite consolidar a comunicação entre neurônios para memória e aprendizagem. Os cientistas também identificaram neste processo a proteína Smaug 1, que, quando bloqueada, produz um defeito sináptico grave e os neurônios não se desenvolvem completamente, de acordo com o estudo.
"Esses defeitos são muito similares aos observados em várias doenças neurodegenerativas", disse Boccaccio. Para a pesquisadora, o estudo dá uma luz sobre como funciona a sinapse e pode ajudar a criar novos caminhos para entender doenças como o mal de Alzheimer e a esclerose.
Durante o trabalho, publicado na revista The Journal of Cell Biology, os cientistas analisaram, em roedores, neurônios do hipocampo, região do cérebro associada aos aspectos cognitivos
Trata-se de um mecanismo fundamental para a formação, fortalecimento e funcionamento das sinapses, ou seja, os pontos de comunicação entre os neurônios, explicou a Agência de Ciência e Técnica do Instituto Leloir, onde a pesquisa foi desenvolvida.
A equipe identificou neste processo de comunicação pacotes de ARN mensageiro (responsável pela transferência de informação do DNA) temporariamente inativos, denominados "focos de silenciamento de mensageiros", explicou Graciela Boccaccio, chefe do Laboratório de Biologia Celular do Instituto Leloir.
Com a formação desses pacotes, o ARN mensageiro não pode cumprir sua função, que permite consolidar a comunicação entre neurônios para memória e aprendizagem. Os cientistas também identificaram neste processo a proteína Smaug 1, que, quando bloqueada, produz um defeito sináptico grave e os neurônios não se desenvolvem completamente, de acordo com o estudo.
"Esses defeitos são muito similares aos observados em várias doenças neurodegenerativas", disse Boccaccio. Para a pesquisadora, o estudo dá uma luz sobre como funciona a sinapse e pode ajudar a criar novos caminhos para entender doenças como o mal de Alzheimer e a esclerose.
Durante o trabalho, publicado na revista The Journal of Cell Biology, os cientistas analisaram, em roedores, neurônios do hipocampo, região do cérebro associada aos aspectos cognitivos
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Testes em animais revelam que neurônios não reduzem com idade
Um estudo em preás realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que, diferentemente do que se imaginava, animais idosos não sofrem redução do número de neurônios do sistema nervoso autônomo periférico - a parte do sistema nervoso situada nos diversos órgãos do indivíduo e fora do cérebro. As informações são da Agência Fapesp.
Esta pesquisa, publicada no International Journal of Developmental Neuroscience, se soma a uma série de trabalhos já feitos pelos cientistas que reforçam a tese de que os animais idosos não sofrem necessariamente redução do número de neurônios. "Além disso, o trabalho teve o mérito de observar neurônios se dividindo em animais idosos - algo que há alguns anos era considerado impossível na literatura médica", disse Antonio Augusto Coppi, supervisor do trabalho.
De acordo com Coppi, já é possível afirmar que o envelhecimento não corresponde necessariamente a uma condenação à perda de células nervosas. Essa perda, segundo ele, era um dogma da neurociência há algumas décadas.
"De 1954 a 1984, vários trabalhos indicavam que havia perda de neurônios durante o envelhecimento. Mas atribuímos essa conclusão ao método bidimensional utilizado na época para quantificar as células nervosas. A partir de 1984, quando um grupo da Dinamarca publicou o primeiro trabalho utilizando o método de estereologia em três dimensões chamado de 'Disector', a contagem de células em geral passou a ser muito mais acurada e precisa", explicou.
Desde então, a comunidade científica internacional começou a refazer os trabalhos realizados nas décadas anteriores, com resultados mais acurados, mas os estudos em geral são voltados para o sistema nervoso central. Os trabalhos realizados na USP são voltados especificamente a neurônios do sistema autônomo periférico, procurando confirmar as conclusões dos demais estudos realizados no cérebro.
"Iniciamos essa linha de pesquisa em 2002 e esse é o sétimo trabalho internacional que publicamos sobre o tema. Estamos confirmando por meio desses estudos que o número de neurônios do sistema nervoso periférico não diminui necessariamente durante o envelhecimento - na maior parte das vezes se mantém estável", afirmou Coppi, que orientou a dissertação de mestrado de Aliny Antunes Barbosa Lobo Ladd, autora do estudo.
Divisão celular
O grupo já realizou estudos com ratos, cobaias, cavalos, cães, gatos, capivaras, pacas, cutias e, agora, preás - incluindo estudos com modelos de doença de Parkinson e de doença de Huntington. No caso dos preás, aos três anos e meio os animais são considerados idosos.
"Por meio dos métodos imuno-histoquímicos associados à estereologia, pudemos detectar neurônios uninucleados e binucleados em pleno processo de divisão em animais idosos. Nossa hipótese é que o número de células nervosas que se dividem é maior que o número de neurônios que morrem e isso permite que o número total de neurônios permaneça estável", explicou o professor.
Em meio aos muitos modelos animais estudados pelo grupo nos últimos dez anos, só uma exceção foi registrada: as cobaias. "No caso das cobaias tivemos uma redução de 21% no número total de neurônios entre os animais idosos. Não sabemos explicar as causas dessa redução. Em compensação, no caso do cão, houve um aumento incrível do número de neurônios em animais idosos: 1.700%", afirmou.
Apesar da exceção, o conjunto dos estudos mostra que a tendência na velhice é uma estabilidade ou aumento do número total de neurônios. "Esse dado por si só quebra o dogma de que o número de neurônios deveria necessariamente diminuir."
O diferencial do estudo com os preás, segundo Coppi, é que pela primeira vez foram observados neurônios do sistema nervoso autônomo em pleno processo de divisão celular. "Mostramos que o número de células em divisão é uma proporção constante em cada faixa etária. Assim, o número total de células se mantém exatamente o mesmo em cada uma das quatro faixas etárias que observamos: animais neonatos, jovens, adultos e idosos", indicou.
Esta pesquisa, publicada no International Journal of Developmental Neuroscience, se soma a uma série de trabalhos já feitos pelos cientistas que reforçam a tese de que os animais idosos não sofrem necessariamente redução do número de neurônios. "Além disso, o trabalho teve o mérito de observar neurônios se dividindo em animais idosos - algo que há alguns anos era considerado impossível na literatura médica", disse Antonio Augusto Coppi, supervisor do trabalho.
De acordo com Coppi, já é possível afirmar que o envelhecimento não corresponde necessariamente a uma condenação à perda de células nervosas. Essa perda, segundo ele, era um dogma da neurociência há algumas décadas.
"De 1954 a 1984, vários trabalhos indicavam que havia perda de neurônios durante o envelhecimento. Mas atribuímos essa conclusão ao método bidimensional utilizado na época para quantificar as células nervosas. A partir de 1984, quando um grupo da Dinamarca publicou o primeiro trabalho utilizando o método de estereologia em três dimensões chamado de 'Disector', a contagem de células em geral passou a ser muito mais acurada e precisa", explicou.
Desde então, a comunidade científica internacional começou a refazer os trabalhos realizados nas décadas anteriores, com resultados mais acurados, mas os estudos em geral são voltados para o sistema nervoso central. Os trabalhos realizados na USP são voltados especificamente a neurônios do sistema autônomo periférico, procurando confirmar as conclusões dos demais estudos realizados no cérebro.
"Iniciamos essa linha de pesquisa em 2002 e esse é o sétimo trabalho internacional que publicamos sobre o tema. Estamos confirmando por meio desses estudos que o número de neurônios do sistema nervoso periférico não diminui necessariamente durante o envelhecimento - na maior parte das vezes se mantém estável", afirmou Coppi, que orientou a dissertação de mestrado de Aliny Antunes Barbosa Lobo Ladd, autora do estudo.
Divisão celular
O grupo já realizou estudos com ratos, cobaias, cavalos, cães, gatos, capivaras, pacas, cutias e, agora, preás - incluindo estudos com modelos de doença de Parkinson e de doença de Huntington. No caso dos preás, aos três anos e meio os animais são considerados idosos.
"Por meio dos métodos imuno-histoquímicos associados à estereologia, pudemos detectar neurônios uninucleados e binucleados em pleno processo de divisão em animais idosos. Nossa hipótese é que o número de células nervosas que se dividem é maior que o número de neurônios que morrem e isso permite que o número total de neurônios permaneça estável", explicou o professor.
Em meio aos muitos modelos animais estudados pelo grupo nos últimos dez anos, só uma exceção foi registrada: as cobaias. "No caso das cobaias tivemos uma redução de 21% no número total de neurônios entre os animais idosos. Não sabemos explicar as causas dessa redução. Em compensação, no caso do cão, houve um aumento incrível do número de neurônios em animais idosos: 1.700%", afirmou.
Apesar da exceção, o conjunto dos estudos mostra que a tendência na velhice é uma estabilidade ou aumento do número total de neurônios. "Esse dado por si só quebra o dogma de que o número de neurônios deveria necessariamente diminuir."
O diferencial do estudo com os preás, segundo Coppi, é que pela primeira vez foram observados neurônios do sistema nervoso autônomo em pleno processo de divisão celular. "Mostramos que o número de células em divisão é uma proporção constante em cada faixa etária. Assim, o número total de células se mantém exatamente o mesmo em cada uma das quatro faixas etárias que observamos: animais neonatos, jovens, adultos e idosos", indicou.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
WWF elogia novo relatório da ONU sobre sustentabilidade
O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) elogiou nesta segunda-feira o relatório da ONU sobre sustentabilidade, o qual exige um novo desenho da economia mundial, mas solicitou que tais recomendações sejam transformadas em compromissos obrigatórios para que possam firmar uma efetiva mudança. "O relatório é muito forte e nos surpreendeu. Faz uma chamada para as grandes reformas econômicas que achamos totalmente necessárias e, por isso, pedimos que estas sejam transformadas em compromissos obrigatórios", afirmaram à Agência Efe fontes do WWF.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, apresentou nesta segunda-feira em Adis-Abeba, na Etiópia, o relatório "Gente resistente, planeta resistente: vale à pena escolher este futuro". O texto, criado pela ONU, sugere um novo desenho da economia mundial e apresenta um maior comprometimento com o equilíbrio sustentável da Terra.
Segundo o relatório, antes de 2030, o mundo deveria dobrar sua produtividade, porém, reduzindo o consumo de recursos naturais. Para isso, os governos deveriam implementar políticas fiscais de estímulo das energias renováveis e suprimir os subsídios às energias fósseis, entre outras medidas.
"A WWF se felicita com o relatório pelo incentivo do consumo responsável, por tramitar recursos de forma sustentável e, principalmente, porque convoca os líderes políticos a criar as condições necessárias para permitir uma 'Revolução Verde no século 21'", declarou a organização. "É a primeira vez que líderes políticos são convocados para essa revolução. Tudo está muito bem, mas essas afirmativas devem ser concretizadas", acrescentaram as fontes.
O relatório foi redigido por 22 especialistas, que formaram um painel internacional presidido pela presidente da Finlândia, Tarja Halonen, e o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e pretende ser uma das principais ferramentas de trabalho na Cúpula da Terra Rio+20, que será realizada no Rio de Janeiro, de 20 a 22 de junho. Segundo a WWF, o texto é um "digno sucessor" do relatório "Nosso futuro comum", que serviu de base para a primeira Cúpula da Terra Rio 1992, e "é considerado por muitos como o início do movimento mundial em prol do meio ambiente".
Entre outros anúncios alarmantes, o relatório afirma que, apesar de já estarmos excedendo a capacidade da Terra, vamos precisar de 50% a mais de comida, 45% de energia e 30 % de água já no ano de 2030. O WWF considera que a cúpula de Rio deve firmar um acordo que realmente questione as bases do sistema atual e tome as medidas necessárias para reverter uma situação que muitos chamam de insustentáveis. Por outro lado, a WWF lamenta que o relatório não faça insistência suficiente para evidenciar as consequências sociais que nosso atual sistema atual de consumo possui.
"Para que haja uma mudança real, devemos levar em conta os aspectos sociais, como a erradicação da pobreza, a igualdade de gênero, a distribuição dos recursos, o avanço da educação e a criação de emprego. As recomendações têm que unir o bem-estar social com a saúde meio ambiental", concluíram.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, apresentou nesta segunda-feira em Adis-Abeba, na Etiópia, o relatório "Gente resistente, planeta resistente: vale à pena escolher este futuro". O texto, criado pela ONU, sugere um novo desenho da economia mundial e apresenta um maior comprometimento com o equilíbrio sustentável da Terra.
Segundo o relatório, antes de 2030, o mundo deveria dobrar sua produtividade, porém, reduzindo o consumo de recursos naturais. Para isso, os governos deveriam implementar políticas fiscais de estímulo das energias renováveis e suprimir os subsídios às energias fósseis, entre outras medidas.
"A WWF se felicita com o relatório pelo incentivo do consumo responsável, por tramitar recursos de forma sustentável e, principalmente, porque convoca os líderes políticos a criar as condições necessárias para permitir uma 'Revolução Verde no século 21'", declarou a organização. "É a primeira vez que líderes políticos são convocados para essa revolução. Tudo está muito bem, mas essas afirmativas devem ser concretizadas", acrescentaram as fontes.
O relatório foi redigido por 22 especialistas, que formaram um painel internacional presidido pela presidente da Finlândia, Tarja Halonen, e o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e pretende ser uma das principais ferramentas de trabalho na Cúpula da Terra Rio+20, que será realizada no Rio de Janeiro, de 20 a 22 de junho. Segundo a WWF, o texto é um "digno sucessor" do relatório "Nosso futuro comum", que serviu de base para a primeira Cúpula da Terra Rio 1992, e "é considerado por muitos como o início do movimento mundial em prol do meio ambiente".
Entre outros anúncios alarmantes, o relatório afirma que, apesar de já estarmos excedendo a capacidade da Terra, vamos precisar de 50% a mais de comida, 45% de energia e 30 % de água já no ano de 2030. O WWF considera que a cúpula de Rio deve firmar um acordo que realmente questione as bases do sistema atual e tome as medidas necessárias para reverter uma situação que muitos chamam de insustentáveis. Por outro lado, a WWF lamenta que o relatório não faça insistência suficiente para evidenciar as consequências sociais que nosso atual sistema atual de consumo possui.
"Para que haja uma mudança real, devemos levar em conta os aspectos sociais, como a erradicação da pobreza, a igualdade de gênero, a distribuição dos recursos, o avanço da educação e a criação de emprego. As recomendações têm que unir o bem-estar social com a saúde meio ambiental", concluíram.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
halo solar na Bahia

22 de janeiro de 2012 • 17h20
Foto: Ulisses Bezerra/
Um fenômeno óptico chamado halo solar chamou a atenção dos moradores da cidade de Lauro de Freitas, neste domingo na região metropolitana de Salvador (BA).
O halo, que se assemelha a um arco-íris em volta do Sol, pôde ser visto no céu da praia de Vilas do Atlântico, por volta das 13h, e foi registrado pelo internauta Ulisses Bezerra, que notou o evento juntamente com a mulher: "ficamos surpresos e sem entender o que estava acontecendo, pois nunca havíamos presenciado o fenômeno", comentou.
O fenômeno acontece quando a luz do sol incide em cristais de gelo e se refrata em finas lizes que ficam nas nuvens, mas também existe o halo lunar, que pode ocorrer durante os períodos de lua cheia
Onda de radiação de tempestade solar se aproxima da Terra

Segundo o NOAA, a radiação começou a chegar à Terra uma hora após a erupção solar
Foto: NOAA/Divulgação
Comentar 268No meio da temporada de tempestades solares mais intensa desde setembro de 2005,os cientistas afirmaram nesta segunda-feira que outra labareda do astro enviará radiações à Terra até a próxima quarta-feira e pode afetar satélites. A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos indicou que seu Centro de Previsões de Clima Espacial, no Colorado, observou a erupção solar no domingo às 14h (de Brasília). A radiação começou a chegar à Terra uma hora mais tarde e continuará até na quarta-feira.
O campo magnético da Terra já está afetado por uma ejeção de massa da coroa solar, após uma erupção ocorrida na superfície do Sol na quinta-feira, 19 de janeiro, segundo os astrônomos. A agência governamental afirmou que a tempestade ganha força e uma onda de radiação se dirige rapidamente à Terra.
"Devido a este fenômeno é quase certo que haverá uma tempestade geomagnética", ressaltou um comunicado da NOAA. "A labareda solar associada alcançou sua máxima altura no dia 23 de janeiro", acrescentou.
Um modelo informático feito pelo Centro de Previsões aponta que esta onda da tempestade terá seu maior efeito no campo magnético da Terra nesta terça-feira. O problema principal desta radiação é a interferência com o funcionamento dos satélites e é um inconveniente em particular para os astronautas no espaço.
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Minha Opinião
Agora só falta uma coisa , se existe vida nesses dois planetas.
Tomará que os cientistas descubram mais e mais.
Descobertos novos planetas que orbitam ao redor de 2 sóis

Uma equipe de astrônomos encontrou dois novos planetas que orbitam ao redor de dois sóis, um fenômeno que foi observado pela primeira vez na história em setembro do ano passado e que consolida a suspeita de que existem milhões deles na galáxia.
A Universidade da Flórida anunciou nesta quarta-feira a descoberta, da qual participaram alguns de seus astrônomos e que foi possível graças à análise dos dados obtidos pela missão Kepler, da Nasa.
Os cientistas batizaram os planetas de Kepler-34b e Kepler-35b. Ambos orbitam ao redor de uma "estrela binária", um sistema estelar composto de duas estrelas que orbitam mutuamente ao redor de um centro de massas comum.
"Embora a existência destes corpos, chamados de planetas circumbinários, tenha sido prevista há muito tempo, era só uma teoria, até que a equipe descobriu o Kepler-16b em setembro de 2011", explicou a instituição em comunicado.
Kepler-16b foi batizado então como "Tatooine", em referência ao desértico planeta dos filmes "Guerras nas Estrelas", que tinha a peculiaridade de contar com dois sóis.
"Durante muito tempo tínhamos achado que esta classe de planetas era possível, mas foi muito difícil de detectar por diversas razões técnicas", explicou o professor associado de Astronomia da Universidade da Flórida, Eric Ford.
Ford acrescentou que a descoberta de Kepler-34b e Kepler-35b, que será publicada nesta quinta-feira na edição digital da revista "Nature", somado à de Kepler-16b em setembro, "demonstra que na galáxia há milhões de planetas orbitando duas estrelas".
Acredita-se que os dois planetas recém-descobertos são formados fundamentalmente por hidrogênio e que são quentes demais para abrigar vida. São dois gigantes de gás de muito pouca densidade, comparáveis em tamanho a Júpiter, mas com muito menos massa.
Kepler-34b é 24% menor que Júpiter, mas tem 78% menos massa, e pode completar uma órbita em 288 dias terrestres. Já Kepler-35b é 26% menor, tem uma massa 88% inferior e demora apenas 131 dias para dar uma volta completa em seus dois sóis.
"Os planetas circumbinários podem ter climas muito complexos durante cada ano alienígena, já que a distância entre o planeta e cada estrela muda significativamente durante cada período orbital", explicou Ford.
A missão Kepler, que começou em março de 2009, utiliza um telescópio para observar uma pequena porção da Via Láctea. Os astrônomos analisam os dados procedentes do telescópio e buscam aqueles que mostram um escurecimento periódico que indique que um planeta cruza a frente de sua estrela anfitriã.
O objetivo da missão é encontrar planetas do tamanho da Terra na zona habitável das órbitas das estrelas (onde um planeta pode ter água líquida em sua superfície).
"A maioria das estrelas similares ao Sol na galáxia não está sozinha, como o sol da Terra, mas tem um 'parceiro de dança' e forma um sistema binário", explicou a Universidade da Flórida.
De fato, a missão Kepler já identificou 2.165 estrelas binárias eclipsantes (que tapam uma a outra desde a perspectiva do telescópio) entre as mais de 160 mil estrelas observadas até o momento.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Pesquisadores desenvolvem formigas 'supersoldados'
Tratamentos hormonais durante um período específico do desenvolvimento de larvas transforma formigas em supersoldados
Formigas podem ser programadas com tratamentos hormonais para se transformarem em "supersoldados", indicam pesquisas feitas por uma equipe internacional de cientistas, que creem que as descobertas podem dar novos rumos para os estudos da evolução. Todas as colônias de formigas são feitas de membros de diversas "castas", incluindo soldados e operários. O que os pesquisadores descobriram é que é possível "convencer" as larvas de formigas a, quando crescerem, se converterem em parte de uma rara casta de supersoldados.
O estudo, publicado na revista Science e liderado pelo pesquisador Ehab Abouheif, da Universidade McGill (Canadá), descobriu que tratamentos hormonais durante um período específico do desenvolvimento dessas larvas resultam em formigas supersoldados gigantes. Os cientistas conseguiram esse resultado em duas espécies de formigas que naturalmente não têm a casta de supersoldados como parte de sua colônia.
Proteger as colônias
Abouheif e sua equipe estudaram as formigas Pheidole, um grande grupo de mais de mil espécies correlatas. Desses grupos, há apenas oito que têm entre seus membros os chamados supersoldados, que ajudam a proteger a colônia usando suas enormes cabeças para bloquear a entrada de invasores.
A ideia de tentar "programar" formigas em desenvolvimento para se tornarem grandes soldados nasceu quando Abouheif percebeu que outra espécie comum de Pheidole, ainda que não tivesse supersoldados entre seus membros, possuía integrantes dotados de cabeças estranhamente grandes.
"Estávamos coletando (formigas) de Long Island, em Nova York, e percebemos algumas com uma aparência monstruosa", disse o cientista. Essas formigas de aparência mutante se assemelhavam a uma casta rara de supersoldados de uma espécie correlata. Por conta disso, os cientistas se dispuseram a descobrir o que fez com que ganhassem tal forma.
Abouheif explica que, quando uma formiga rainha bota ovos, cada um deles pode se desenvolver em uma casta diferente, dependendo das condições de temperatura e alimentação a que são submetidos. A chave para "transformá-los" em uma casta específica depende, em grande parte, de um componente químico dos ovos, o chamado hormônio juvenil.
"Sendo assim, se você trata qualquer espécie no momento certo de seu desenvolvimento, com apenas um hormônio, pode induzir o desenvolvimento de uma supersoldado", diz o cientista.
Forma ancestral
Para ele, "o fato de que se possa induzir isso em todas essas espécies diferentes (que não têm naturalmente a casta de supersoldados) significa que um ancestral comum de todas essas espécies tinha (supersoldados)". Abouheif diz que a descoberta pode ter amplas implicações na forma como os cientistas veem e estudam o processo evolutivo.
Para ele, destravar características evolutivas ancestrais pode ajudar no desenvolvimento de plantas com maior valor nutricional e até mesmo encontrar mecanismos que ajudem no combate de doenças. "Quem sabe o crescimento de um câncer seja a liberação de algum potencial ancestral", questionou Abouheif. "Se conseguirmos descobrir isso, talvez possamos revertê-lo."
Formigas podem ser programadas com tratamentos hormonais para se transformarem em "supersoldados", indicam pesquisas feitas por uma equipe internacional de cientistas, que creem que as descobertas podem dar novos rumos para os estudos da evolução. Todas as colônias de formigas são feitas de membros de diversas "castas", incluindo soldados e operários. O que os pesquisadores descobriram é que é possível "convencer" as larvas de formigas a, quando crescerem, se converterem em parte de uma rara casta de supersoldados.
O estudo, publicado na revista Science e liderado pelo pesquisador Ehab Abouheif, da Universidade McGill (Canadá), descobriu que tratamentos hormonais durante um período específico do desenvolvimento dessas larvas resultam em formigas supersoldados gigantes. Os cientistas conseguiram esse resultado em duas espécies de formigas que naturalmente não têm a casta de supersoldados como parte de sua colônia.
Proteger as colônias
Abouheif e sua equipe estudaram as formigas Pheidole, um grande grupo de mais de mil espécies correlatas. Desses grupos, há apenas oito que têm entre seus membros os chamados supersoldados, que ajudam a proteger a colônia usando suas enormes cabeças para bloquear a entrada de invasores.
A ideia de tentar "programar" formigas em desenvolvimento para se tornarem grandes soldados nasceu quando Abouheif percebeu que outra espécie comum de Pheidole, ainda que não tivesse supersoldados entre seus membros, possuía integrantes dotados de cabeças estranhamente grandes.
"Estávamos coletando (formigas) de Long Island, em Nova York, e percebemos algumas com uma aparência monstruosa", disse o cientista. Essas formigas de aparência mutante se assemelhavam a uma casta rara de supersoldados de uma espécie correlata. Por conta disso, os cientistas se dispuseram a descobrir o que fez com que ganhassem tal forma.
Abouheif explica que, quando uma formiga rainha bota ovos, cada um deles pode se desenvolver em uma casta diferente, dependendo das condições de temperatura e alimentação a que são submetidos. A chave para "transformá-los" em uma casta específica depende, em grande parte, de um componente químico dos ovos, o chamado hormônio juvenil.
"Sendo assim, se você trata qualquer espécie no momento certo de seu desenvolvimento, com apenas um hormônio, pode induzir o desenvolvimento de uma supersoldado", diz o cientista.
Forma ancestral
Para ele, "o fato de que se possa induzir isso em todas essas espécies diferentes (que não têm naturalmente a casta de supersoldados) significa que um ancestral comum de todas essas espécies tinha (supersoldados)". Abouheif diz que a descoberta pode ter amplas implicações na forma como os cientistas veem e estudam o processo evolutivo.
Para ele, destravar características evolutivas ancestrais pode ajudar no desenvolvimento de plantas com maior valor nutricional e até mesmo encontrar mecanismos que ajudem no combate de doenças. "Quem sabe o crescimento de um câncer seja a liberação de algum potencial ancestral", questionou Abouheif. "Se conseguirmos descobrir isso, talvez possamos revertê-lo."
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