sexta-feira, 27 de abril de 2012
'Atacada' pelo Sol, nave pode ajudar missão tripulada a Marte
Marte é um dos grandes - senão o grande - alvo da pesquisa espacial. Após o plano do presidente americano Barack Obama de mandar astronautas ao planeta vermelho, cada vez mais pesquisas e estudos se juntam aos já existentes para tentar descobrir se é possível chegar ao nosso vizinho. Contudo, nós já visitamos o solo marciano há décadas, mas não presencialmente. E a próxima sonda já está a caminho - faltam apenas 100 dias para o fim da viagem.
Astronomia de A a Z: saiba o que é uma supernova e mais
Sonda vai explodir e triturar em busca de vida em Marte
A Curiosity segue na nave Mars Science Laboratory, lançada em 26 de novembro de 2011 em um foguete Atlas V, da Nasa - a agência espacial americana. Curiosamente, no meio do trajeto o equipamento sofreu uma experiência que pode ajudar no projeto de levar o homem a Marte.
A espaçonave foi alvejada diretamente por uma tempestade solar X-2 (na escala "Richter" do Sol, as tempestades X são as mais poderosas). Foi uma fuzilada de elétrons e prótons de altíssima energia que viajaram próximos à velocidade da luz - na Terra, essas partículas formam as auroras boreais e austrais. Ao atingir os escudos externos da nave, espatifaram moléculas e átomos em seu caminho, o que produziu uma segunda onda de energia.
E é essa radiação cósmica uma das maiores preocupações em uma viagem interplanetária. Astronautas podem acabar torrados pelos prótons do Sol ou por raios de uma supernova ou de um buraco negro. A boa notícia para a exploração espacial é que a sonda resistiu a toda esse bombardeio do Sol. A segunda boa notícia é que é a primeira que tem um equipamento para medir a radiação recebida (chamado de RAD). Contudo, não conseguimos saber com precisão como essa radiação atuou dentro da nave.
"Mesmo supercomputadores têm problemas em calcular o que exatamente ocorre quando raios cósmicos de alta energia e partículas energéticas solares atingem os escudos de uma espaçonave. Uma partícula atinge outra; fragmentos voam; os fragmentos atingem uns aos outros e batem em outras moléculas", diz um artigo da própria Nasa.
Mas sabemos que serão muitos os dados recebidos e analisados pelo RAD durante a viagem. Afinal, o Sol está em uma temporada de poderosas tempestades que deve durar ainda alguns anos. Além disso, diversas partículas de outras fontes varrem o Sistema Solar com frequência e devem - ou até já atingiram a Curiosity. E tudo isso vira know how para os cientistas. Aliás, a Nasa afirma que espera que o equipamento seja atingido. E ainda faltam 100 dias para isso.
Curiosity
A sonda é não apenas a mais moderna, mas também a mais bem equipada a já chegar a Marte. São 10 instrumentos científicos que deixam o robô 10 vezes mais pesado e com o dobro do comprimento que as sondas Spirit e Opportunity, lançadas em 2003.
Ao contrário das irmãs mais velhas, a Curiosity é capaz de colher (após pulverizar, triturar e/ou "explodir" com um laser) amostras de solo e rocha e analisá-las em um "laboratório" interno - ou com suas muitas câmeras e espectrômetros (equipamento que analisa o espectro eletromagnético).
Segundo o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), da Nasa, o robô é capaz de passar por obstáculos de até 65 cm de altura e percorrer até 200 m por dia no terreno marciano. Um gerador radioativo, alimentado por plutônio-238, vai produzir energia suficiente para um ano marciano (687 dias da Terra), tempo previsto para a missão.
O local onde a sonda vai pousar não foi escolhido ao acaso. A cratera Gale seria um dos locais potencias para a existência de vida em Marte. Contudo, a sonda não foi projetada para determinar se existe - ou existiu - vida no planeta, já que não carrega instrumentos para registrar processos biológicos nem registrar imagens microscópicas. A ideia é preparar o terreno para futuras missões com esses objetivos e até para uma possível missão tripulada.
Três astronautas retornam da ISS nesta sexta-feira
Os astronautas russos Anton Chklaperov e Anatoli Ivanichin e o americano Dan Burbank retornarão nesta sexta-feira à Terra depois de uma missão de seis meses na Estação Espacial Internacional (ISS), informou o Centro Russo de Controle de Voos Espaciais (TSOUP).
A cápsula Soyuz TMA-22 desacoplou da ISS e tem previsão de pouso no Cazaquistão às 11H45 GMT (8H45 de Brasília).
Os três serão substituídos por uma nova tripulação que partirá em 15 de maio do cosmódromo russo de Baikonur para unir-se ao russo Oleg Kononenko, ao americano Don Pettit e ao holandês André Kuipers, atuais ocupantes da ISS
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Cientistas japoneses fazem nascer pelo humano em camundongo

Liderados por Takashi Tsuji, da Universidade de Ciência de Tóquio, pesquisadores conseguiram fazer pelos humanos nascessem nas costas de um camundongo Foto: AFP
A revista científica Nature Communications publicou na terça-feira uma pesquisa que gera novas esperanças de cura para a calvície. Liderados por Takashi Tsuji, da Universidade de Ciência de Tóquio, pesquisadores conseguiram fazer com que pelos humanos nascessem nas costas de um camundongo. As informações são da AFP.
De acordo com os cientistas, o estudo representa um avanço importante nas terapias com células-tronco. A criação de um folículo em laboratório a partir de células-tronco já tinha sido feita antes. No entanto, o transplante com sucesso em camundongos é inédito.
Rússia lança nave com 2,5 t de carga para a Estação Espacial

A Rússia lançou nesta sexta-feira a nave automática Progress, com mais de 2,5 t de carga, para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), onde será acoplada no domingo. O lançamento do cargueiro, o Progress M-15M, ocorreu às 9h50 (de Brasília) a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão, informou a agência espacial russa, Roscomos.
A nave leva água, alimentos e componentes de combustível utilizados para manter a altitude da órbita da plataforma. Além de peças de reposição e várias equipamentos científicos, declarou um porta-voz da Roscosmos citado pela agência Interfax.
Após dois dias de voo, a Progress M-15M será acoplado à ISS no domingo, com manobra prevista para as 11h40 (de Brasília). A ISS atualmente abriga a expedição número 30 e integram os americanos Daniel Burbank e Donald Pettit, o holandês Andre Kuipers e os russos Oleg Kononenko, Anton Shkaplerov e Anatoli Ivanishin.
Além do lançamento desta sexta, o segundo da Progress neste ano, a Roscosmos planeja enviar outros três cargueiros até o fim de 2012.
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